28 de fevereiro de 2009

Comemorações do Blog Juba e Dea

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01 ano e 46 dias de vida !

Este blog que batizamos simplesmente de Juba e Dea foi carinhosamente nos presenteado pela professora Mírian Mondon. Ela colocou-o no ar no dia 12 de Janeiro de 2008.  Aqui registraríamos nossas pesquisas na área de imigração como um lugar único e organizável. Consequentemente compartilharíamos as mesmas com outras pessoas de mesmo interesse. Já dispúnhamos de muitas informações pois líamos muito sobre o Canadá, e nos aprofundávamos na província de Québec, que é a via do nosso processo. Mas alimentar um blog não passava muito por nossas cabeças, e as 3 primeiras postagens só foram ao ar no dia 19, após as apresentações do dia 18.

 

Então, foi por livre e espontânea pressão que Juba resolveu por a mão na massa. No dia 20 de janeiro, "jogamos" na net nada menos que 17 mensagens. No dia 21, foram 11. Continuamos num ritmo acelerado e diminuindo aos poucos até o nível digamos assim normal , só dando uma esfriada em Abril e Agosto. Descobrimos então que o bicho não morde, rsrsrs.

postagens

No dia 13 de Março Juba desembarca em terras canadenses. Voltou radiante e com mais informações para nosso projeto de vida. Aos poucos o leque de possibilidades no espaço Juba e Dea foi se abrindo.

 

Os assuntos se diversificaram mas sem perder a coesão. Mudei completamente o template¹ de lá para cá. Tenho uma caidinha por organização, então sempre estou mexendo aqui no Blog. Hoje temos imenso prazer em alimentar este blog. Fazemos com imensa alegria. Eu particularmente adoro a liberdade que o Blog nos proporciona. Charges, fotos, enquetes, discuções… Podemos escrever sobre praticamente tudo, usando o bom senso e coerência é claro. É prazeroso pesquisar, criar ou repassar um texto cheio de informações, descontração ou humor . É terápico, além da imensa vantagem de ter tudo arquivadinho aqui, inclusive detalhes como os da foto acima. 

 

Agora vamos as comemorações:

Hoje chegamos a marca de 20.000 acessos no Juba e Dea. Não é pouca coisa não para um blog que começou sem nenhuma pretensão e que completou um ano de existência no dia 12 de janeiro. Acredito que este espaço cumpriu sua proposta inicial!

Agora aos agradecimentos:

Por isso, queremos agradecer a cada um de nossos leitores que nos visitam. Vocês nos incentivam a levar o Juba e Dea pra frente! Não escrevemos somente para nós. Sem os leitores, não existe a troca de idéias, e não se amplia a visão de um todo, vocês sabem disso. São vocês que dão vida a este espaço! Um abraço especial a Mírian, nossa amiga e grande inspiradora!

fogos2       (foto: Dalcio G.P. Filho)

Parabéns blog, parabéns pessoas!! Enquanto tivermos fôlego, continuaremos postando, para alegria de uns e indiferença de outros!

E…  para quem estiver chegando agora:  Seja muito bem vindo!!

juba e dea

Nota:  [¹] ambiente gráfico para colocação de conteúdos e ferramentas.

Brasileiros de Montreal – parte IV

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Nesta quarta parte do estudo, vemos o final do subtema que o autor desenvole. O autor fala ainda sobre o imigrante e o multiculturalismo e possíveis dificuldades de convivência na sociedade quebequense.

Leia aqui a parte I, parte II, parte III, parte V , parte VI , parte VII , parte VIII e parte IX

 

Brasileiros de Montreal
Luís Carlos Lopes

A realidade política quebequense e a imigração (final)

A questão da imigração, por exemplo, vem ocupando um espaço maior do que as velhas reivindicações nacionalistas. Não poucos culpam os imigrantes pelas derrotas plebiscitárias e dizem que eles preferem o Canadá ao Quebec. Entretanto, foram 50,59% dos eleitores quebequenses que escolheram permanecer, pelas mais diversas razões, como parte da confederação canadense. No lugar onde o voto não é obrigatório, 93,5% dos eleitores resolveram comparecer as urnas.

Os imigrantes nacionalizados que também votam não tinham como alterar esta tendência, por mais que, de fato, tenham migrado para o Canadá e não para uma província específica. Certamente, a tendência eleitoral dos mesmos foi dividida, possivelmente, em alguns lugares pendeu para a permanência do status quo. Estes votos foram tangidos pela mesma ameaça velada de desemprego e de esvaziamento econômico, que foram decisivos nos dois pleitos. O governo central e os imensos interesses econômicos e políticos internacionais envolvidos conseguiram o que queriam, isto é, manter a unidade do país.

Uma das conseqüências desta nova situação política foi o esmaecimento da aliança simbólica dos quebequenses com os povos do terceiro mundo. O sentimento de que todos estariam no mesmo barco sofreu duros estremecimentos e as percepções político-sociais do problema vêm se alterando em profundidade. Entretanto, não desapareceram por completo, restando nichos de solidariedade e de cooperação com os povos dos países pobres, e a manutenção de laços de simpatia com os excluídos da face da Terra.

A tradição do Quebec de fornecer asilo e de dar ajuda humanitária permanece intacta, bem como a permissão da livre organização, nos limites da lei, dos que vieram de regiões conflagradas pela guerra, miséria e opressão política. Como em todo o mundo, a queda do socialismo real, simbolizada pelo fim do Muro de Berlim (1989), tornou mais fluida a tendência aos ideais socialistas, presente nos anos de vida política da região. Como por toda parte, o pensamento mais à esquerda refluiu.

Uma outra diferença está no fato de que o projeto ‘nacional’ do Quebec é agora menos universal. Continua-se a lutar por mais direitos para a província, em dubiedade com a questão potencial da formação de um novo país. Isto vem resultando em um ‘nacionalismo provincial ou paroquial’, que busca, de modo ambíguo, raízes culturais próprias e se incomoda com a presença física e simbólica de milhares e milhares de imigrantes. A compatibilização da presença dos imigrantes com os velhos e novos problemas políticos do Quebec é um desafio que vem atordoando os partidos políticos, intelectuais e o governo da província.

 pessoas montreal2b

A tentativa das acomodações razoáveis

O relatório Bouchard-Taylor (2008) que acaba de ser publicado [13], em papel e na Internet, é o resultado do trabalho de uma Comissão, que se debruçou sobre o problema dos conflitos reais e potenciais entre os imigrantes e os quebequenses de origem. Gérard Bouchard, um dos responsáveis desta Comissão, é um intelectual com vários livros sobre a história do Quebec e sobre os problemas relativos às culturas de seus habitantes. É bastante conhecido, circulando entre a universidade, as mídias, os partidos políticos e as autoridades governamentais. Charles Taylor é, igualmente, um pensador importante, não tão conhecido midiaticamente como seu companheiro de empreitada, mas com uma longa atuação no meio universitário e no ambiente político da província.

Encontrar respostas e propostas para o problema vem alimentando o debate político em escala cada vez maior. Nessa situação, as vozes mais ouvidas são a dos quebequenses de origem e com alguma autoridade acreditada. A parole dos imigrantes surge nas entrelinhas das mídias, algumas vezes de modo direto, em outras, intermediada por quem tem interesse em fazer com quem ela tenha influência na discussão. As comunidades de imigrantes mais organizadas têm-se manifestado de modo mais efetivo. Elas aproveitaram o ensejo das ações da Comissão para defender publicamente seus pontos de vista. O mesmo ocorreu com os que se consideram franco-canadenses e habitam o Quebec. [14]

O relatório que os autores citados escreveram é um documento ímpar por reunir dezenas de argumentos, por vezes, conflitantes, e por propor soluções para o convívio interétnico harmônico na província. Este, também chamado de acomodações razoáveis, é o que resume o entendimento local do problema. Segundo este, ter-se-ia de se encontrar uma forma de fazer com que a sociedade local diminuísse suas tensões. Desejar-se-ia que o sistema cultural instalado continuasse a funcionar sem fissuras alarmantes. A missão que lhes foi dada consistiu em levantar problemas e encontrar soluções, a pedido do mais elevado nível do governo da província. 

A Comissão foi nomeada pelo primeiro ministro do Quebec, Jean Charest, em ato de fevereiro de 2007. Foi-lhe destinada um orçamento de cinco milhões de dólares e suas atividades foram divididas em 13 pesquisas. Estas foram levadas a cabo por especialistas vindos das universidades quebequenses. Além, de inúmeras reuniões e assembléias, seus dois presidentes viajaram por toda a província ouvindo pessoalmente os pontos de vista de milhares de habitantes, em sessões públicas, altamente midiatizadas. Durante todo o ano de seu funcionamento, o assunto não saiu da agenda da imprensa e não deixou de criar imensa polêmica no universo simbólico local. Não há notícia de nada parecido na história do Quebec. Nem mesmo nos intensos debates dos dois referendos, houve tanta discussão e tanto interesse despertado, desta vez, entre todos os habitantes da província.

Sucessivos debates, enquetes e levantamentos geraram um relatório de 310 páginas. Este documenta a visão quebequense do problema da convivência com os imigrantes oriundos de toda parte do mundo conhecido. O ponto de apoio adotado pelos autores foi o do mal-estar dos que se intitulam canadenses franceses e habitam o Quebec, potencialmente incomodados com a presença de múltiplas culturas em seu país. Este tem sido entendido como uma crise identitária a ser superada.

Os problemas das diversas religiões trazidas de fora, em especial os relativos à muçulmana, tiveram especial destaque. As questões das diferenças de costumes, em especial, em relação à posição social da mulher foram intensamente mencionados. O estranhamento dos quebequenses em relação às culturas vindas com os imigrantes revela, por outro lado, as características do chamado multiculturalismo [15]. Este afunda em contradições quando religiões, costumes sociais e outras crenças coabitam o mesmo espaço social.

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notas:  [13] Ver: http://www.accommodements.qc.ca/  [14] Existem pequenas comunidades de origem francesa em outras províncias do país. [15] A expressão multiculturalismo provoca a construção de várias acepções, por vezes, bastante contraditórias.Vem sendo usada em inúmeros países. No Canadá, o multiculturalismo está em lei de 1971, editada em pleno governo de Pierre Trudeau, no contexto da Guerra Fria e da pior crise entre o Quebec e o governo central do Canadá. Na lei, se reconhece a existência de uma sociedade multiétnica, isto é, formada por diversas origens, nacionalidades e culturas. Na prática, o chamado multiculturalismo vem significando concretamente, por toda parte, a existência de sociedades hierárquicas, que convivem com inúmeros recortes, onde cada grupo ocupa o seu lugar, sem interferir - como se tal fosse possível - no funcionamento geral da totalidade social e na prevalência dos grupos com maior poder. A sociedade multicultural encontraria, hipoteticamente, sua harmonia em seu processo de hierarquização. O sistema multicultural, não raro, dificulta a integração dos imigrantes.

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O que já vimos:

parte I Resumo, Apresentação e Introdução : Estudo sobre a presença dos imigrantes brasileiros em Montréal . Interessante a abordagem histórica do autor sobre "a busca do paraíso" na introdução. Ele volta a discorrer o assunto em A parole dos brasileiros e na conclusão. 

parte II - Nesta segunda parte do estudo Brasileiros de Montreal, o autor fala sobre os imigrantes do Brasil. Discorre acerca da discriminação entre os naturais do país. Em contrapartida, analisa a distinção feita pelos nativos aos estrangeiros, principalmente de nacionalidade européia. 

parte III - A realidade política quebequense e a imigração
Nesta terceira parte do estudo, o autor é didático ao subtema que desenvolve.

 Subtítulos das próximas partes do estudo:

- A tentativa das acomodações razoáveis (final)
- A cidade e a imigração

26 de fevereiro de 2009

Filme: Rio Congelado

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Domingo de manhã assistimos eu e Juba o longa "Rio Congelado (Frozen River)", graças a internet, nossa companheira de todas as horas!  - "Pirataria é crime, compartilhar é  legal"

 

O filme conta a história da "branca" Ray (Melissa Leo) que mora numa cidadezinha do interior de New York. Esta se junta a índia Lila Littlewolf (Misty Upham) da tribo Mohawk para transportarem imigrantes ilegais do Canadá para os EUA, como única forma de sobrevivência. O caminho é pela Reserva Indígena Mohawk, em Québec até os EUA e a passagem é pelo congelado rio St. Lawrence.

 

Na temática está a globalização e as restrições de imigrantes. Vê-se também uma sutil abordagem em relação as armas entre Estados Unidos X Canadá. O filme emociona sem ser piegas, e Melissa Leo está maravilhosa no papel de mãe solteira que faz de tudo pelos seus filhos.  Imperdível!!

rio-congelado 01 Créditos:

  • Ganhador do grande prêmio do Júri no Festival de Sundance do ano passado.
  • Melissa  Leo fatura o prêmio de melhor atriz para do Screen Actors Guild Awards por seu papel em Rio Congelado.
  • O filme concorreu ao Oscar nas categorias de atriz (Melissa) e roteiro original.

 

Ficha técnica

Tempo de Duração: 97 minutos
Ano de Lançamento (EUA): 2008
Direção e roteiro Courtney Hunt
Música: Peter Golub e Shahzad Ismaily
Fotografia: Reed Morano
Desenho de Produção: Inbal Weinberg
Direção de Arte: Brian Rzepka
Figurino: Abby O'Sullivan

Elenco
Melissa Leo (Ray Eddy)
Misty Upham (Lila Littlewolf)
Michael O'Keefe (Policial Finnerty)
Mark Boone Junior (Jacques Bruno)
Charlie McDermott (T.J.)
James Reilly (Ricky)
Dylan Carusona (Jimmy)
Jay Klaitz (Guy Versailles)
Michael Sky (Billy Three Rivers)
John Canoe (Bernie Littlewolf)
Nancy Wu (Chen Li)

Tudo "nos trinks" com a caixa de comentários

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Gentém, consegui!! Agora está funcional! O probleminha estava relacionado ao script do programa.

Se quiserem, acessem o comentário deste post e vejam as opções legais do mimo, rsrs!

inté, dea.

25 de fevereiro de 2009

Hoje é o Níver do Juba!

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Joyeux Anniversaire mon amour!

bolo2

Comentários, Blogs e afins

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Pessoal,  estamos com uma nova caixa e comentários aqui no Blog, dêem uma olhada num dos posts.

Mas por um problema que ainda não descobri qual é, está faltando o principal que é o espaço para digitar o site ou blog da pessoa que deixará o comentário aqui no Juba e Dea, coisa que todo blog têm ok. Mas existem outros recursos muito interessantes nessa nova caixa.

Funciona assim: Com o espaço do site preenchido, imediatamente aparece os 10 últimos títulos das postagens do seu blog. Então você escolhe um deles com um clique, e o título destacado e em forma de link aparece logo abaixo do comentário que você irá deixar. Não é legal demais?  Eu achei, rs.

Tem mais, você pode: Deixar vídeo, imagem, avatares, links,  logar-se com sua conta do Facebook, e muitas outras coisas mais! Achei D+, rsrs! 

Por enquanto, deixo-vos uma solução enquanto não resolvemos o problema: Colocar o endereço de seu Blog quando for comentar aqui no blog. Assim, todos nós poderemos visitar o seu espaço, algo que eu e o Juba adoramos fazer!

caixa comentários

Algo mais sobre os Blogs

Fonte rica para troca de informações, que é imprescindível para os imigrantes como também de pesquisa para os futuros imigrantes. Descontração, dia a dia, cotidiano, notícias e muuuuito mais. Na verdade somos uma comunidade e não sabemos (?!) Por isto, vamos participar gente!  À bientôt!

super abraço

dea e juba