18 de julho de 2008

Adeus, Canadá

José, a esposa Isabel e a filha Marcela embarcaram na noite de 3 de julho de volta ao Brasil depois de nove anos de vida em Londres, Ontário. A família Prado não conseguiu reverter a ordem de deportação expedida contra eles, apesar do grande apoio dos políticos da região onde José tinha uma empresa de limpeza e landscape.

A saga da família começou quando José, que viera com visto de turista em 1999, conseguiu visto para trabalhar na Holy Cross Catholic Church. Animado, o paulista trouxe o restante da família. Mas em 2002 Isabel acusou o padre responsável pela paróquia de assédio sexual, o que levou José a deixar seu emprego e ir procurar outro trabalho.





As acusações contra o padre não chegaram a ser discutidas nos tribunais, porque o casal conseguiu um acordo financeiro com a igreja católica depois de abrir um processo exigindo compensações de mais de $3 milhões.

Mas nada disso serviu para a imigração. Segundo os oficiais que analisaram o caso, José não cumpriu o que estava estabelecido em seu visto de trabalho, ao procurar outro emprego após os problemas na paróquia.

Agora, Prado espera dar conta de tocar seus negócios no interior de Ontário de longe, enquanto faz planos de começar do zero um novo processo de imigração para o Canadá, e desta vez na categoria Business.

10/06

José do Prado, natural de Lençóis Paulista, interior de São Paulo, veio para o Canadá com visto de turista nove anos atrás e um ano depois conseguiu visto de trabalho, que passou a renovar toda vez que o documento vencia. José aproveitou, então, o novo visto e trouxe a esposa e a filha, estabelecendo-se em Londres, Ontário.

Em 2003, ele entrou com a papelada para obter residência permanente, mas a Imigração não aprovou o pedido. “Eles recusaram o meu visto, porque era para eu trabalhar em um determinado estabelecimento, mas resolvi trabalhar por conta própria”, conta José do Prado que ainda justifica sua atitude : “Eu tinha que trabalhar para sobreviver.”Depois da recusa do visto, o brasileiro aplicou outras três vezes, sempre com o mesmo resultado, até que, no mês passado, a família recebeu ordem de deportação com data de 3 de julho.

Repercussão

A ordem de deportação de José do Prado repercutiu entre empresários e membros da comunidade brasileira de Londres pelo fato de ele ter sua própria empresa de serviços de jardinagem e limpeza de apartamentos, com quatro trabalhadores fixos e cerca de trinta temporários. A notícia também chegou aos Membros do Parlamento, graças ao apoio da MP Irene Mathysen. “Eu fiquei surpreso que comentaram sobre a minha pessoa lá dentro, sobre o que eu faço. As pessoas ligam, comentam, e tudo o que faço é agradecer pela força que estão dando”, explica José.

Desgaste e esperança

Agora, José, a esposa e a filha de 14 anos estão com um processo de pedido de visto por compaixão humanitária. Mas se a imigração não der resposta a tempo, a família vai fazer as malas, deixar a casa comprada no Canadá e as aulas da high school para trás e seguir para o Brasil. “Se eu não estiver no aeroporto às 9 da noite do dia 3, logo depois a polícia estará na minha casa para me prender“, diz José. “É uma situação desgastante e frustrante” , desabafa.

fonte: Brasil News


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Ana cristine disse...

Olá Andréa e Juarez,
sou veterinária e já vi que é praticamente impossível conseguir trabalhar aí na minha profissão!!! A validação do diploma é muito complicada e cara!
Como eu sempre gostei de enfermagem e vi que a demanda por enfermeiros é grande em Quebeq, estou muito interessada em fazer o curso técnico no CEGEP.
Andei pesquisando em alguns CEGEPS e vi que depois dos 3 anos (ou dois intensivos) de curso do CEGEP a pessoa pode entrar na universidade (vi que alguns tem convênio com a universidade de Montreal) e fazer mais dois anos e sair com o diploma de graduação em enfermagem. É assim mesmo ou estou enganada?
E para conseguir fazer o curso no CEGEP? É complicado? O que precisa para se inscrever?
Abraços a todos!
Ana

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